sábado, 6 de novembro de 2010

O que você faz com o seu lixo eletrônico?


Os eletrônicos são com uma intensidade cada vez maior. Celulares, por exemplo, há quem os troque todo semestre, ou menos.
A facilidade em adquirir esses produtos, no entanto, traz consigo um grave problema: o descarte do lixo eletrônico. Hoje, virou questão de saúde pública, já que feito de forma incorreta, acarreta em altos riscos. Isso porque, na fabricação desses produtos são utilizadas substâncias tóxicas e metais pesados.                                                  JFPr
"O ideal é que os produtos passem por um processo seguro e eficiente que privilegie o reaproveitamento das matérias-primas e também o descarte seguro das que não puderem ser reutilizado”, afirma Ernesto Watanabe, diretor da "Descarte Certo", empresa de gestão do lixo que surgiu justamente da observação de que o recolhimento desse material era precário e de difícil acesso. A empresa retira em casa mais de 90 tipos diferentes de eletrônicos - de linha branca (geladeiras, fogões, lavadoras, etc.), marrom (áudio e vídeo), e eletro portáteis, informática e telefonia.
Ernesto explica que antes de depositar o lixo é necessário acondicioná-lo adequadamente, para que não ocorram vazamentos das substâncias tóxicas, como mercúrio, chumbo, fósforo e cádmio. Também é importante selecionar o meio de transporte e o destino do lixo.
Ele conta como a "Descarte Certo" faz isso: "O lixo eletroeletrônico não é totalmente descartável. Dele podem ser extraídos minerais como ferro, cobre e alumínio, que são reutilizados sem prejudicar o meio ambiente. Este material vai para recicladoras certificadas, a fim de serem reaproveitados, reduzindo a necessidade de se extrair mais elementos da natureza. As substâncias que não puderem ser reaproveitadas são encaminhadas para aterros com a classificação exigida".
Diante de tantos danos causados pelo descarte errado, ele define seus clientes como pessoas conscientes e preocupadas com as questões ambientais. “Nosso objetivo é ajudá-las a tornar o mundo mais sustentável".
O blog www.lixoeletronico.org é ótima fonte de referência sobre o assunto e visa a incentivar conversações relacionadas ao consumo (e descarte) responsável. Dados de estudo feito pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas/CEMPRE, há cinco anos, e publicados no blog, já levantava que o Brasil produzia 241 mil toneladas de lixo, das quais 90 mil são de origem domiciliar. A média nacional de produção de resíduos por habitante estaria em torno de 600 g/dia. Uma cidade como São Paulo, no entanto, produz em média 1 kg/dia de lixo por habitante.
Para calcular quanto custaria descartar suas coisas, você pode acessar o site http://www.descartecerto.com.br/Consultas/AgendamentoColeta.aspx e fazer uma pesquisa simples, por CEP ou cidade.
                                                                                                            Fonte: Vila mulher/comunidade

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